Arrependimento do povo

A caminho da a Terra Prometida - Êxodo 33

Mesmo depois de um grave pecado, Deus ainda estava disposto a dar-lhes a terra prometida, e assim mandou o povo começar a caminhar em direção a mesma. Embora estando Deus indignado pelo pecado cometido por eles, Ele não se esqueceu das promessas que fizera a seus ancestrais; e estas promessas Ele não iria quebrar, afinal suas palavras sempre se cumprem. E Deus não mudou, da mesma forma que agiu com os israelitas nesta ocasião, Ele também cumprira todas suas promessas concernentes ao seu filho Jesus Cristo em um novo céu e uma nova terra, Deus pretendia esta no meio deles, mas seus pecados tornou isso impossível, isto nos mostra mais uma vez a santidade de Deus. Ele odeia o pecado. E nos como um povo comprado pelo precioso sangue de Cristo, uma vez que ainda estamos no mundo, devemos ter cuidado para não cometer o mesmo erro do povo judeu, que nesta ocasião muitos pereceram no deserto, devemos evitar e odiar o pecado onde quer que ele esteja. "...Vós, que amais ao Senhor, odiai o mal. Ele guarda as almas dos seus santos; ele os livra das mãos dos ímpios..." (Salmos 97:10).

A retirada dos ornamentos foi como um símbolo visível do pranto; foi semelhante a viúva com seu vestido preto. Existem momentos em nossa vida que devemos retirar os ornamentos da religião, do orgulho, e da soberba e prantear aos pés de Cristo por nossos pecados cometidos, buscando de Deus direção e força sobre as investidas do inimigo. Eles obedeceram as instruções de Deus e lamentaram. "...Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados..." (Mateus 5:4). Mas a verdadeira tristeza sobre o pecado deve acompanhar o verdadeiro arrependimento. Você não pode arrepender-se sem tristeza. No entanto, a tristeza não garante necessariamente o arrependimento. O verdadeiro arrependimento altera a ação. Se um dia estamos tristes por um pecado cometido e no outro dia estamos repetindo o mesmo pecado, claramente não foi um verdadeiro arrependimento, no máximo ouve apenas um remorso. Devemos também ter certeza de que estamos tristes pelas razões certas. Tanto Pedro como Judas choraram arrependidos. Pedro corretamente mudou sua conduta e passou a ter uma vida produtiva em serviço a Igreja de Cristo. Judas no entanto cometeu suicídio.

Moisés intercede pelo povo novamente - Êxodo 33

Como descrever Moisés aqui? Ou que lições podemos aprender com isto? Moisés corajosamente entrou na presença de Deus. Ao ler este texto, dá-nos a impressão que ele estivesse quase como discutindo com Deus, ou pelo menos como um advogado argumentando fortemente o seu caso ao juiz. A primeira vista isso nos parece um pouco impertinente, mas ao estudarmos melhor o assunto vemos que muitos dos grandes homens de fé como Abraão e Davi também se chegarão a Deus com ousadia e Deus ouviu suas orações. Eles tinham um relacionamento íntimo com Deus. No caso de Moisés o próprio Deus ofereceu-se para fazer dele uma nova nação, dizendo: "...Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu farei de ti uma grande nação..." (Êxodo 32:9-10). Eu creio que Deus ouviu e respondeu as orações ousadas de Moisés, porque elas não eram para si mesmo, eram para outros. Muitas vezes, quando as pessoas oram e alguns até exigem coisas de Deus, só as fazem de forma egoísta. Deus não é susceptível a ouvir estes tipos de orações. Mas se usarmos o relacionamento que temos com Deus para o bem do evangelho e do nosso próximo, Deus com alegria nos responderá.

Moisés estava determinado e firme em seu compromisso e dedicação ao povo. Ele não estava disposto a prosseguir, sem a presença de Deus. Moisés sabia que a presença Deus com ele, era fundamental. Ele ressaltou, que os israelitas foram separados das outras nações e que a presença de Deus era o que os distinguia dos outros povos.

E nós cristãos! O que nos tem nos diferenciado dos outros? O Espírito Santo habita em nós? Somos seguidores de Cristo? Se sua resposta é sim, então a presença de Cristo em nossa vida tem que nos tornar diferentes do restante do mundo. Os cristãos não devem ser apenas frequentadores de 'igrejas', seguidores de regras que se reúnem em grupos para cantar músicas gospel. Somos seguidores de Cristo, quando demostramos nosso amor para com o próximo, quando transparecemos isto com nossas ações, palavras e comportamentos. O nosso relacionamento com Cristo nos torna únicos e dá sentido a nossa fé. O céu não é maravilhoso e magnifico porque há ruas de ouro. É ótimo e perfeito porque Deus está lá. "...Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno..." (Hebreus 3:16).

Jeová um Deus Glorioso e Justo - Êxodo 34

Moisés pediu para ver a glória de Deus (Êxodo 33:18), e a glória de Deus foi lhe demonstrada de forma única. A nós é revelada a gloria de Deus em seu caráter, sua natureza, e sua maneira de se relacionar com suas criaturas. Note que Deus não deu a Moisés uma visão de seu poder e majestade, mas sim do seu amor. A glória de Deus é revelada na sua misericórdia, graça, compaixão, fidelidade, perdão e justiça. O amor e a misericórdia de Deus é verdadeiramente maravilhosa, e sua justiça visível.

O apóstolo Paulo se refere a este momento para nos ensinar lições importantes: "...E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, Como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça..." (2 Coríntios 3:7-9). O argumento de Paulo nestes versículos é baseada em uma premissa muito importante: A gloria da nova aliança supera a da velha. A antiga aliança, foi escrita em pedra, a nova no coração dos homens (3:03). A antiga aliança produziu condenação e morte, a nova produz justiça e vida (3:6, 9). A antiga aliança tinha uma glória que desvanecia, a nova glória é eterna (3:07,11). A antiga aliança foi refletida no rosto de Moisés, a nova no rosto de Cristo (3:7, 18; 4:6). O véu da incredulidade e dureza de coração, o véu da cegueira satânica, que a antiga aliança não pode remover, só é removida em Cristo, através da proclamação da nova aliança: "...mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido..." (2 Coríntios 3:14). Assim, a pregação da nova aliança é mais gloriosa, e seu efeito é maior do que a antiga, pois remove o véu da cegueira, levando os homens a fé em Cristo, e transformando o coração e a vida dos homens.

Por que os pecados afetam filhos e netos? - Êxodo 34

Um Deus "...Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração..." (Êxodo 34:7). Estas palavras a primeira vista nos parece incoerente e uma punição arbitrária, mas quando entendemos que certas consequências são somente colheitas do que semeamos, conseguimos entendemos melhor. "...Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará..." (Gálatas 6:7). Infelizmente os filhos e netos sofrem pelos pecados de seus pais. Considere o abuso infantil ou alcoolismo, por exemplo. Enquanto esses pecados são óbvios, os pecados mais sutis, como o egoísmo e a ganância pode afetar profundamente os filhos e netos, levando os mesmos a seguirem o mal exemplo, tornando-se assim pessoas igualmente egoístas. Tenha cuidado para não tratar o pecado casualmente, ainda é tempo de arrependimento. O pecado pode causar pouco efeito agora, mas pode ter colheitas terríveis mais tarde.

As Contribuições do povo - Êxodo 35 - 36

O povo contribuiu com alegria para construção do Tabernáculo, eles sabia o quão importante eram suas doações para completar a 'casa de Deus'. Pessoas generosas não são necessariamente fieis a Deus. Mas as pessoas fiéis são sempre generosos. Quando os hebreus deixarão o Egito, levaram consigo os despojos da terra, incluído ouro, prata, joias, roupas e outros objetos de valor. (Êxodo 12:35-36). As contribuições de Israel foram dadas voluntariamente. "...Então toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés, E veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas..." (Êxodo 35:20-21). Moisés despediu o povo para suas tendas, e somente depois aqueles que sentiram-se tocados começaram a trazer suas ofertas ao Senhor. Os modernos lideres de nossos dias nunca pensaria em dispensar uma congregação até terem feito apelos e mais apelos, para o povo contribuir com uma quantia determinada. Moisés no entanto dispensou a congregação, de modo que eles tiveram tempo para si mesmos, sem pressões emocional ou psicológica, sem carnes, envelopes ou valores determinados para contribuir. Deus instruiu Moisés a coletar uma oferta de "...cada um, cujo coração é voluntariamente disposto..." (Êxodo 35:5), e o texto frequentemente nos informa que este era o caso (cf. 35:21, 22, 26, 29). As pessoas contribuirão de boa vontade seus dons para o tabernáculo ser construído.

Agora a conduta adequada para nós que encontramos maior graça em Cristo Jesus, deve ser em abster-se de tudo o que pode nos levar ao pecado em nossa vida, e mostrar nossa boa vontade e generosidade em tudo o que diz respeito ao serviço de Deus na propagação do verdadeiro evangelho (e não o evangelho comercial e materialista ensinado em larga escala hoje; 2 Pedro 2:1-3). Existe um trabalho ou oficio que Deus deseja que façamos, Deus não exige ofertas especiais, ou doações estipuladas, mas ele apela para pessoas com corações generosos, dispostos a dar e participar voluntariamente. Nossa doação deve ser de amor e generosidade, com uma consciência pura, não coagido, não barganhando bençãos materiais, não de forma metódica, ou como regra gospel, mas sim voluntariamente e com alegria. "...Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre..." (2 Coríntios 9:7-9).

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